sábado, 21 de dezembro de 2013

2 meses de Bento


Hoje meu pequeno completa dois meses de vida. Nossa, que coisa esquisita é essa. Ao mesmo tempo que penso que passou muito rápido, tenho a impressão de que ele esteve aqui, na minha vida, desde sempre. Amor demais.

Ele está cada dia mais lindo, gostoso e gorducho. Muda tão rápido! Ele ainda é tão novinho, mas não sinto mais que tenho um RN em casa. Já começo a perceber suas particularidades, preferências, seu ritmo - realmente nos entendemos cada dia melhor.

É muito louco como um amor, já tão infinito, pode crescer mais e mais a cada dia. Enquanto escrevo, na sala, ele dorme no moisés no meu quarto - e parece tudo tão vazio! Sinto um ímpeto constante de ir lá pertinho, ver seu rostinho, sentir seu cheiro, ouvir sua respiração. E estamos só a um cômodo de distância. Freud explica.

Bom, mas vamos lá aos fatos marcantes do mês:

- Teve muitas crises de choro neste mês, principalmente nas últimas semanas. Teve uma noite que ficamos, marido e eu, nos revezando e tentando de tudo para que ele parasse de chorar e dormisse - o que só conseguimos às 4h30 da manhã! Chegamos a encher o balde e foi por pouco que ele não ganhou seu primeiro banho da madrugada. Filho, agradeça às propriedades mágicas do sling!

- Passou em consulta com a pediatra dia 14/12 (antecipado por conta das festas de final de ano). Já cheguei comentando com ela que achava que tinha alguma coisa acontecendo com ele por conta de todo esse chororô. Ela disse que o segundo mês de vida é difícil mesmo para os bebês, por conta dos picos de crescimento. De qualquer forma, como ele anda vomitando e regurgitando muito, e percebo que isso o incomoda, ela prescreveu um remedinho antroposófico para ele. Agora são dois: um para refluxo e outro para cólica.

- Aliás, descobrimos que suco de laranja / limão era o grande causador das cólicas dele. Cortei eles da minha alimentação e agora essas temíveis dores que o perturbavam quase não aparecem mais. Mesmo assim, ele ainda se contorce bastante para soltar pum e fazer cocô, mas nada que uma massagenzinha com as perninhas não resolva (e ele adora!) - mesmo que seja no meio da noite.

- Tem dormido cada vez melhor, principalmente no primeiro sono da noite. Normalmente embala das 20h00, mais ou menos, às 1h30. Depois disso é uma incógnita. Rs!

- Começou a imprimir seus próprios horários, principalmente para o sono. Começou a dormir mais cedo e acabou ficando alguns dias sem banho por conta disso.

- Ainda não consegui estabelecer uma rotina para ele, principalmente durante o dia. Mas estamos evoluindo.

- Está medindo 56cm e pesando 4.640kg. Engordou um quilo em menos de 1 mês! Isto equivale a 42g por dia, somente com o leitinho da mamãe.

- Está cada dia mais risonho e interagindo com a gente. É a coisa mais linda e gostosa do mundo!

- Não chora mais para trocar a fralda - pelo contrário, agora gosta e ri um monte quando o coloco no trocador, principalmente quando canto "O Sapo Não Lava o Pé" para ele. Aliás, ele adora música e que cantem para ele.

- Continua chorando quando sai do banho, no entanto.

- Adora o pai dele. Às vezes, de madrugada, fica olhando para o pai, que está capotado, e rindo.

- Começou a prestar atenção nos brinquedos e gosta de olhar para o móbile do berço, que a Titia Paula deu. Ri até para os bichinhos pendurados, especialmente o coelho amarelo e o urso azul.

- Os olhinhos continuam claros e lindos. Espero que puxe o papai e continuem assim!

- Tive minha primeira crise de desespero com ele essa semana, na segunda-feira. Que dia difícil, nada resolvia, ele chorava muito, não dormia, e eu chorando junto. Ainda bem que passou!

- Aprendeu a gostar do sling - ou fui eu que aprendi a colocar? Às vezes reclama quando o coloco lá, se estica todo e chora. Mas é só andar pela casa por 5 minutos que ele dorme um soninho gostoso e pesado. Se acorda, tem que descobrir cabecinha, senão ele fica nervoso - e aí ele dorme de novo.

- Hoje tomou as terríveis vacinas dos 2 meses. Gente, eu sei que é um mal necessário, mas olha... que dó! Disse para ele que não vou mais deixar ninguém dar vacina nele, porque é pecado demais! Mais uma vez não consegui segurá-lo, marido ficou com ele e eu fiquei lá fora. Chorava de soluçar ouvindo o chorinho dele lá dentro, até agora dói até o coração ao lembrar. Logo que saiu da sala dormiu e eu achei que seria tranquilo. Ledo engano. À tarde, ele estava mamando tranquilo quando, de repente, do nada, começou a chorar da maneira mais dolorida possível. Gritava, gritava, soluçava, as lágrimas escorrendo. Nada o acalmava. Quando ele finalmente dormia, se assustava no sono e, com o espasmo, doía a perninha e começava a chorar de novo. Até dormindo ele gemia. Teve 38,2 de febre, o colocamos no banho, e ele gritando. Que desespero! Marido e eu tentando ficar fortes para acalmá-lo, mas era difícil segurar as lágrimas. Finalmente conseguimos falar com a pediatra e, depois de dar umas gotinhas de Tylenol, tudo melhorou. Ele até voltou a sorrir!
Uma coisa eu sei: dor e doenças em bebês e crianças deveriam ser proibidas. Juro.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Nascimento - O relato de parto do Bento (parte III - final)

Eu tremi durante o TP. Mas tremi muito. Constantemente. Não conseguia parar, minhas pernas se debatiam loucamente e isso me irritava. Frio, frio, muito frio. Me cobre! Até chegar a contração. E aí voava coberta para todo lado, muito, muito calor!

Chegou a anestesista. Senta na maca, apoia na enfermeira. Fica bem imóvel agora. Rá! Como assim? Eu tremo, Dra! Muito! Contração. Não se mexe! Não dá! Pronto. Daqui a pouco melhora.

Aos poucos a dor foi aliviando. Eu era uma nova pessoa! O sono passou e a festa se instalou na sala. Todo mundo conversando, rindo, uma beleza. Espero 40 minutos e a Dra. Cátia pede para que eu caminhe para auxiliar a dilatação. Ainda sinto dor, mas bem mais fraca. Saio para o corredor, marido me acompanha e carrega o soro. Ando. Volto, todo mundo dormindo, exausto, devem ser umas 5h00. A dor está voltando a ficar forte. Elas dizem que é melhor reforçar a anestesia antes do pico da dor, então recebo mais uma dose. Dra. Cátia verifica o cardiotoco e vê que as contrações estão mais espaçadas. Droga, é a porcaria da anestesia. Dá-lhe ocitocina. Tudo o que eu não queria! Mas agora não tem mais jeito.

Esta dose foi mais forte, não sinto mais nada. Fico triste, não era isso que eu queria. Mas vamos lá. Dra. pergunta se estou com vontade de fazer xixi, às vezes a bexiga cheia dificulta a descida do bebê. Digo que não sei, não estou conseguindo sentir. Ela pede que eu faça força enquanto me toca. Faço xixi nela e nem percebo. Vergonha define! Rs! Agora acho que vai.

Toque. 9 cm. Está perto, muito perto! Começo a entender o que aquilo significa. Comento com marido: “amor, o Bento vai chegar! Todo este processo vai levar ao nascimento dele!” Parece que a gente se esquece disso por alguns momentos. Me emociono com esta constatação. Começo a me preocupar. Cadê a pediatra que não chega? Pronto, chegou. Fofa! Ufa! Conversa conosco e diz que vai tomar um café, mas brinca que nunca consegue e que dá sorte. Me preocupo, será que dá tempo?

Toque. 10 cm com um rebordo. OMG! Sento no banquinho. Marido senta atrás de mim e me escora, enquanto Dra. Cátia está sentada no chão. Faz força. Cadê a pediatra? A anestesia foi forte demais, precisamos sentir as contrações com a mão na barriga. Droga, não queria estar tão anestesiada assim! Mas agora é tarde. Me seguro no banquinho e faço força. Muita força. Acaba o ar, inspiro, seguro e foooorça. Dra. Cátia pede para a força ser mais longa. Vou tentando. Ela diz que já vê a cabecinha. Tira uma foto e me mostra aqueles cabelinhos surgindo. Dra. Sandra, a pediatra, volta, rindo, e diz: viu? É só eu sair que engrena! A anestesista, que também havia saído há pouco, entra na sala perguntando: e aí? E se assusta ao ver a cabecinha saindo. Rimos e continuo fazendo força. Maíra tenta escutar o coração do Bento. Nada. Elas se assustam, mas eu estou calma. Sei que está tudo bem. Muda o aparelho, muda a posição. Lá estão os batimentos, ótimos como sempre!

Mais fotos, mais cabelinho aparente. Minha sensibilidade começa a voltar. Sinto que tudo está se esticaaaaaando e sei que é sua cabecinha saindo. Dra. Cátia, suave como sempre, diz: devagar, agora, devagar. Assopra o Bento para fora, só assopra. E assim, em um sopro, a cabecinha vem. Bravo, ele começa a resmungar ali, com o corpinho ainda dentro de mim. Na próxima contração, mais um sopro. E ele chegou.

Nem sei descrever o que senti. Peguei-o no colo imediatamente, tentando acalmar aquele corpinho tão pequeno, mas tão forte. Ele gritou, chegou à vida! E chorou. Pulmões fortes, garganta limpa, mostrou a que veio. Nem consegui chorar, era muita emoção! Benvindo, meu amor! Benvindo! Te amo, filho!

Olhei para trás, procurando marido, que se ocupava de avisar do nascimento por whatsapp. Como assim? Presta atenção aqui! Rs! Dizem que a conversa foi assim: “Está quase, já dá pra ver a cabecinha. Tá nascendo, saiu a cabeça, tá quase... Perdi!”. É cômico, mas poxa! Não foi assim que imaginei.

Mas não importa. Ele chegou. Lindo, saudável, APGAR 10/10. Estamos todos em êxtase, a sala vibra com uma aura clara. Ainda no banquinho, com ele no colo, sinto algo saindo e chamo a Dra. Cátia: acho que é a placenta! Corre de volta! Ploft! Saiu, fácil assim. Espera o cordão parar de pulsar, marido corta o elo que nos ligava como um. E agora somos dois. Dra. Sandra o pega por um momento, não mais que um momento, e pesa seus 2.725kg. O traz de volta para mim e ali ficamos. Grudou no meu peito, e eu me grudei nele, como se o fizéssemos por toda a vida. E mamou o amor que eu transbordava, e nos conhecemos, e nos amamos por quase 40 minutos. Chegou às 7h14, horário de verão. Quase 24 horas após o rompimento da bolsa. E ele veio como eu sempre soube que viria, naquela manhã de domingo que o anunciava desde a gestação, quando eu assim o cantava:

“Na bruma leve das paixões
Que vêm de dentro
Tu vens chegando
Prá brincar no meu quintal
No teu cavalo
Peito nu, cabelo ao vento
E o sol quarando
Nossas roupas no varal...

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais...

A voz do anjo
Sussurrou no meu ouvido
Eu não duvido
Já escuto os teus sinais
Que tu virias
Numa manhã de domingo
Eu te anuncio
Nos sinos das catedrais...

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais
Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais...”
Alceu Valença

A sala de parto é só alegria. Abraços, beijos, fotos, parabéns por todos os lados. Pega lembrancinha do nascimento para todo mundo, eu que fiz! E assim, uma por uma, as queridas que participaram do momento mais mágico da minha vida vão saindo da sala. E restamos nós três, nos conhecendo, nos reconhecendo como uma nova família.

Ficamos por ali por algum tempo, até que chega a enfermeira. Têm que levar meu pequeno para passar pela tal alfândega. Droga! Não estou pronta para me separar daquele corpinho tão indefeso, tão meu, aquela parte de mim que agora não é mais. Começamos a aprender que somos dois assim, tão rapidamente, tão abruptamente? “Não vai demorar não, né?” pergunto. Marido vai junto acompanhar e eu fico ali na sala por mais alguns minutos, até que outra enfermeira vem me buscar. No caminho, ouço um chorinho, forte, e sinto no meu coração de mãe que é meu pequeno clamando por estar onde pertence: o meu colo.

Chego no quarto, sozinha e esfomeada. Cadê todo mundo? Estão lá, babando no pequeno pelo vidro. Chegam mostrando fotos dele, sujinho e peladinho no berço aquecido. E contando que, em meio a três bebês, marido já apontou logo ele: olha o nosso amorzinho lá! Logo ouço um barulho no corredor e digo: deve ser ele! No fundo eu já sabia que era o lanche, mas não custa sonhar, né? Rs!

Marido dá uma saída rápida no quarto e toca o telefone. É da enfermaria, pedindo que levem a roupinha dele, que já o trariam. Que emoção! Logo ele chegou, ainda sujinho de vérnix, no macacão  listrado de macaquinho que eu escolhi com todo o carinho. Eu não me sentia cansada, estava extasiada! Depois de 4 horas fui liberada para tomar banho por conta da anestesia – mas não entendi nada, já tinha andado até na sala de Delivery! Foi um alívio, mas fiquei um pouco assustada com minhas partes baixas super inchadas... Abafa! Rs! Logo começaram as visitas e à noite a enfermeira quis levar ele para o berçário do andar, já que ele estava nauseando e vomitando de vez em quando, por conta do líquido amniótico. Eu relutei, mas deixei, já que ele só ficaria lá por 3 horas. Mas quem disse que fiquei tranquila? 5 minutos depois que ela o levou, eu já estava lá, observando pelo vidro. Logo ela voltou: ele não sossegou, queria a mamãe! Coisa linda! Mamou mais um pouco e ficou lá por pouco mais de 2 horas, para que dormíssemos – coisa que só aceitei depois de muuuuita insistência da enfermeira e do marido.


No dia seguinte, recebi a visita da Dra. Cátia que me passou as últimas recomendações e me deu alta. Não tive laceração, só uma triscadinha, nas palavras dela. Nada de pontos! Santo Epi-No! Cheguei a 27 cm nos exercícios, mas acho que eu era mole demais, já que o perímetro cefálico do Bento era de 33,5 cm! Enfim, no final do dia a Dra. Sandra deu alta para o Bento também e finalmente fomos para casa, no dia seguinte ao parto. E assim chegou o momento mais esperado da minha vida, aquele momento que eu tanto invejava quando visitava a maternidade: colocá-lo no carro e ir para casa! Nossa vida acabava de começar. <3

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

BC - Uma dica que me deram e que deu certo com o Bento

Pensei muito sobre o tema desta semana e confesso que estou com dificuldade para responder. Uma coisa é certa: quando se está grávida, chovem dicas e conselhos e palpites - quer tenham sido solicitados, quer não. Quando o bebê nasce, então, ferrou! Todo mundo tem alguma coisa para falar a respeito do bebê, mesmo pessoas totalmente desconhecidas.

Aliás, isto é uma coisa que tem me incomodado. Tenho a impressão de que todo mundo que olha para mim com o Bento tem um ar de repreensão no olhar. Parece que estou fazendo tudo errado sempre - e, realmente, todo mundo sempre acha que tem um jeito melhor de fazer o que estou fazendo. Acho que é aquela tal onda de enfraquecimento da capacidade da mulher. Uma mania de achar que não somos capazes de parir, de amamentar, de seguir nossos instintos e criar nossos filhos. Ainda quero fazer um post sobre isso.

Bom, com este cenário desenhado, obviamente eu já recebi dicas de todos os jeitos, sobre todos os assuntos. Como fazer o bebê parar de trocar o dia pela noite, como acabar com as cólicas, como trocar a fralda e não assar. Sei que o intuito do tema é exatamente saber sobre dicas objetivas assim. Mas sabe qual foi o melhor conselho que eu recebi? Siga seu coração e use a sua intuição. Ninguém conhece meu bebê melhor do que eu, e eu sou para ele a melhor mãe que poderia ser.

Quem me deu este conselho foi o Dr. Carlos Gonzalez, pediatra espanhol por quem ando in love ultimamente. Leio, leio e leio artigos e livros dele e cada vez ganho mais confiança na minha capacidade de ser mãe - a mãe que eu quero ser, a mãe que eu sei ser - mesmo sem ter anos de experiência, mesmo sendo ele meu primeiro filho. Tento buscar lá dentro as respostas para minhas perguntas, e elas vêm. É só ter paciência e saber confiar.

Confesso que não é fácil. Nem um pouco. Eu sou uma pessoa insegura, busco aprovação constante, então esta é uma tarefa especialmente difícil para mim. Mas, desta vez, eu tenho um motivo maior para seguir o que eu acredito com convicção. Sempre farei o que achar melhor para o meu filho. Mesmo que não seja o melhor para o resto do mundo.

Vou errar? Claro que vou! Assim como todo mundo errou, assim como uma atitude que funcionou com o seu filho pode não funcionar com o meu - afinal, pessoas não são todas iguais. Mas domingo ouvi outro conselho que guardarei e levarei para sempre. Frente a minha preocupação e questionamento sobre estar acertando ou não, meu vizinho disse: o que você fizer estará certo. Todo mundo te dirá como fazer, inclusive eu. Mas, seja o que quer que você faça, será a escolha certa.

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Por indicação da Naity, sou eu que escolho o tema para a blogagem coletiva da semana que vem (que, by the way, cai bem no dia do Natal!). Para comemoramos esta data, sugiro o tema: Como será o primeiro Natal com o baby?. Indico a Mari para sugerir o tema do primeiro dia de 2014!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Nascimento - O relato de parto do Bento (parte II)

Parte II

Continuo cronometrando, 2, 3 minutos. Às vezes 4, às vezes, 1 e pouco. Buraco. Lombada. Ai. Mais de um minuto de contração, lombar, barriga, cóccix. Aiai. Chegamos, são 21h20. Me alivio ao ver a Maíra nos esperando na porta – não queria chegar antes dela de jeito nenhum. Ela nos orienta: diz que a bolsa estourou às 18h00! Ok. Começamos a fazer a ficha, me chamam e eu entro com ela enquanto marido termina os procedimentos de internação. Deito na maca, cardiotoco. Tudo ótimo, mas a dor tá osso. A Maíra responde a maior parte das perguntas que a enfermeira faz. Chega a hora do toque. Misto de ansiedade, curiosidade e medo. Todo mundo fala que dói horrores! Estou super confiante que já estou bem dilatada, considerando o intervalo das contrações. E aí vem o balde de água fria: 2 para 3 cm. Putz! Como assim? Chego a me perguntar se seria o caso de ir embora, esperar em casa até evoluir mais. Mas acho que nem deixariam isso acontecer.

Subimos para a sala de delivery, com várias paradas no caminho durante as contrações. Vamos só eu e uma enfermeira meio antipática – acho que ela não era muito fã de PN. Marido e Maíra foram colocar roupa cirúrgica. Logo ela chega e eu vou logo falando: só isso de dilatação? Acho que eu não vou aguentar. E ela diz “calma, não pensa nisso agora. Por enquanto você está aguentando”. Marido chega, todo lindo naquela roupinha alaranjada que mais parece de gari. Eu já estou com uma camisolinha que não cobre nada, ajudada por uma outra enfermeira fofíssima que diz adorar PN, ao contrário da maioria, segundo ela. A força já tinha começado por ela: muita gente aguenta, porque você seria diferente? Confio nela e vamos em frente.

A Maíra começa a me sugerir posições. Sento na bola e ela faz massagens nas minhas costas. Ai, durante a contração, não! Dói mais! O tempo vai passando. Entro na banheira, saio, deito na cama, levanto, bola, ando. Tá difícil achar posição, ainda mais com aquele bendito acesso no meu braço – Dra. Cátia preferiu que eu tomasse antibiótico, então lá estava eu com aquele soro pendurado. Tomo um sorvete que a Maíra surrupiou da sala dos médicos dentro da banheira, para dar um gás. Já está difícil ter gás.

Começo a delirar, acho que é a tal partolândia. Sinto um cansaço intenso, durmo entre as contrações, acordo com a dor, mas já nem me sei mais. Olho para a maca de dentro da banheira e só quero não ter mais dor, deitar ali e dormir por uns 3 dias. Já estava pedindo anestesia. Não sei que horas eram, devia ser por volta de meia-noite. A partir daí já não sei muito bem a ordem das coisas. Só sei que eu implorava por um alívio da dor. O que me incomodava, ao contrário do que leio por aí, não era a dor na barriga ou na lombar. Era a pressão. Uma pressão no ânus fortíssima, parecia que ia me rasgar. Comecei a brigar com as contrações, torcia para elas não virem e, quando chegavam, puxava o corpo para cima. A Maíra dizia: para baixo, respira para baixo, abre a pélvis. Eu tentava, mas doía muito.

Chegou comida, não conseguia comer. Precisava, mas não conseguia. Me sentia enjoada. Vomitei. Implorava por anestesia. Dra. Cátia sugeriu tentar um buscopam para aliviar, não era bom tomar anestesia antes dos 5cm, podia comprometer o andamento do TP. Maíra me avalia: 3 para 4cm. Quase morri! Como assim? Com certeza eu não aguentaria, depois de tantas horas só dilatei 1cm? Devia ser umas 2h00 da manhã. Ela diz que o colo não está sendo forçado para baixo nas contrações. Tento fazer exercícios na bola, está difícil demais. Me rendo. Quero ficar na banheira e quero anestesia.

Por puro azar, a banheira, que é o que mais me alivia, também reduz minhas contrações. Mas neste momento nem quero mais saber, só quero parar com a dor. Fico ali mais um pouco e finalmente a Maíra diz que a Dra. Cátia já está a caminho e a anestesia será dada. Respiro aliviada, estava totalmente certa de que isto era necessário para a evolução do TP. Minha resistência estava atrapalhando. Pelo menos o Bento estava ótimo. Mais que isso, os batimentos dele aceleravam durante as contrações, ao contrário da maioria dos bebês que apresentam queda. É um farrista, adora um abraço apertado! <3


Deito na maca e começo a observar o relógio. São mais de 3 da manhã. Clamo pela Dra. Cátia e a Maíra me assegura que ela está a caminho. Os minutos não passam. Ela chega, finalmente. A sala parece se encher de paz, que aura linda ela tem! Chega carinhosa, fofa, com fala mansa e baixa. Já começo me desculpando, digo que não aguentava mais, imploro anestesia. Ela garante que a anestesista já está chegando, só mais uns 15 minutinhos. Nossa, como eles demoram a passar! Ela me examina novamente e, surpresa, constata: 6 para 7cm! Marido, lindo, e sabendo da minha imensa  vontade de não tomar anestesia, tenta me convencer. “amor, falta pouco!” Mas para mim não dava mais, minha decisão estava tomada.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

BC - Como foi minha primeira semana com o Bento

Pausa no relato de parto para participar da minha nova fase de Blogagem Coletiva - agora como nova mamãe! Mas amanhã tem a parte 2, não percam!

Ok, continuando...

Minha primeira semana com o Bento. Gente, que difícil lembrar como foi. Acho que a partolândia se estende para o puerpério, viu? Parece que este começo se mistura na minha cabeça e é difícil lembrar a ordem e momento dos acontecimentos.

Mas vamos lá. Eu tive ajuda neste começo e, na primeira semana, marido ficou em casa de licença paternidade, o que foi ótimo. No geral, foi menos traumático do que eu imaginei que seria com relação ao Bento, mas gente, tenho que falar. Não visitem recém-nascidos na primeira semana, por favor! Rs! A não ser que você seja da família próxima  - aí sim, vocês são totalmente esperados e benvindos. Eu sou meio neurótica com relação a ele, então sofri um pouco quando vinham visitas, especialmente as totalmente sem noção. Cheguei até a chorar um dia por conta disso. Eles são muito pequenos e precisam de calma, tranquilidade e, principalmente, conhecer o papai e a mamãe primeiro.

Claro que tivemos noites de choro (minhas e dele) em que ficamos marido e eu balançando ele de um lado para o outro sem saber o que fazer. Quer dizer, eu sabia o que fazer, tinha que amamentar, mas tentava pensar em outras alternativas para acalmá-lo. Sim, ele mama super bem, em livre demanda, mas o comecinho dói. Muito. Machuca, sangra, a gente se desespera quando eles choram querendo mamar. teve uma noite em que até tentamos oferecer a chupeta em uma dessas madrugadas, por tipo 10 segundos. Ele cuspiu, óbvio, aí desistimos. Ele não gostou (e nem demos muita oportunidade disso acontecer)! Rs! Amamentei chorando algumas madrugadas, mas sabia que era para o bem dele e era isso que ele queria e precisava. Ainda bem que passou.

As trocas de fralda também eram desesperadoras. Eu nunca tinha trocado uma fralda na vida, e o desespero dele nesse momento não ajudava muito. Ele chorava MUITO. Choro nível "estão me torturando", com direito a gritos e tudo o mais. Eu ainda não tinha confiança na troca, sou super perfeccionista e detalhista e queria limpar tudo direitinho e, muitas vezes, tinha plateia para apreciar a minha falta de habilidade. Junte a isso um bebê se desesperando, balançando as perninhas loucamente e uma tentativa (normalmente fracassada) de fazer tudo rápido para ele parar de chorar (e para a visita não achar que eu sou uma mãe completamente despreparada - o que era um pouquinho verdade). Pronto, vocês já conseguem ter uma ideia da situação.

O choro se repetia depois do banho - na verdade, esse permanece até hoje, então tivemos um pouco de dificuldade em estabelecer o horário dele. Mas enquanto está dentro da água ele se delicia, e é muito gostoso ver a alegria e o relaxamento dele nesse momentinho.

Além disto, foi uma semana deliciosa. No geral, eu nem me sentia exausta como imaginava. Fui invadida por um amor imenso, e acho que a ocitocina ainda rolava solta por aqui. Foram centenas de fotos, muito colo, muito aperto, abraço, chamego e carinho. Foi uma semana de muito aprendizado mútuo e somente a primeira do resto das nossas vidas. <3

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Nascimento - O relato de parto do Bento (parte I)

Há um ano e três dias, nascia este blog. Ele já era gestado no meu coração e no meu pensamento há muito tempo, mas foi só em 06/12/2012 que o pari, finalmente. Veio suado, dolorido, cheio de cicatrizes e histórias tristes para contar. Mas nasceu também como a lembrança que vem clarear o dia nublado com a perspectiva de dias melhores.

Começou pequenino, como uma sementinha de gergelim. Aquela mesma que, por tanto tempo, era o apelido carinhoso do meu pequeno Bento, que agora dorme ao meu lado. Eles cresceram juntos, lado a lado. Mais um seguidor, outro comentário carinhoso, barriga que cresce e bebê que engorda.

Aqui, geramos amizades, histórias, sorrisos, vitórias. E gestei o amor da minha vida. Como não achar que este cantinho trouxe sorte? E assim, para comemorar seu primeiro aniversário, relembrando o nascimento deste humilde, mas querido, blog, finalmente pari o relato do parto do Bento, o bebê gergelim.

Parte I

Sexta-feira, 18/10/2013. Eu completava 37 semanas de uma gestação saudável, linda, feliz. Não posso dizer que foi tranquila, apesar de ter transcorrido sem intercorrências, pois aqueles fantasminhas do passado ainda me assombravam. Mas foi deliciosa, isso foi. Comemoro o marco – agora Bento não é mais prematuro e pode nascer a qualquer momento. Quem diria que este dia chegaria? Eu, um ano atrás, não pensava que seria assim tão rápido. Mas está aqui. Feliz! Convido Bento a vir para este mundo, com este post, sem imaginar que ele aceitaria minha sugestão sem pestanejar.

Recebemos uma amiga querida para jantar e ficamos, eu, ela, marido e barriga comendo pizza, batendo papo e dando risada até uma hora da manhã. Marido e eu ainda aproveitamos o que seria nossa última noite como dois, conversamos, namoramos, rimos e finalmente dormimos quase 3 horas da manhã.

Sábado, 19/10/2013. 37 semanas e 1 dia. Acordo e olho as horas no celular. São 7h36. Meu estômago ronca e minha bexiga está estourando, como todas as manhãs destas últimas semanas. Sinto também um leve incômodo na barriga, acho que a pizza do dia anterior não me fez bem. Levanto e vou até o banheiro, sonolenta. Faço xixi normalmente e, quando me inclino para alcançar o papel higiênico, sinto mais líquido escorrer. “Estranho!”, penso. O sono fala mais alto que a fome e resolve voltar para a cama. Faço o famoso teste de deitar de lado e tossir, mas nada acontece. Decido que não era nada. Até fazer outro movimento e molhar meu pijama. Ops! Corro para o banheiro, me inclino e a água sai novamente. É transparente. Tento sentir o cheiro de água sanitária que tanto falam, mas nada. A essa altura o sono já passou e estou curiosa. Deixo o short molhado no chão do banheiro, me troco e vou para a sala comer alguma coisa para não acordar o marido.

Como, assisto um pouco de televisão. Banheiro novamente. Mais líquido. Desta vez o cheiro fica nítido e meu coração acelera. Começo a conversar com o Bento “Você quer vir, filho?”. Estou calma, feliz, tranquila. Decido não acordar o marido, ele só vai ficar ansioso e nervoso à toa. Nem sentia contrações ainda, só uma leve cólica de vez em quando. Ainda vai demorar. Isto se for trabalho de parto mesmo, vai que a bolsa nem estourou? Lembro que minha médica está viajando, de férias, e agradeço mentalmente o destino por ter conseguido me consultar com a Dra. Cátia, que a substituirá, na semana anterior. Começo a perceber que seu nascimento está próximo. Dia 19/10. Não quero que ele nasça em dia ímpar! Mas sei que ele só chega amanhã. Dia 20. Lindo! 20/10. Me acalmo e sorrio

9h46. Marido me chama pelo whatsapp. “Kd vc?”. Vou encontrá-lo e não consigo segurar o sorriso. Juro que tentei ser mais sutil para não assustá-lo, mas não consigo. Ele está no banheiro. Olho para ele, caio na risada e pergunto: você está pronto para ser pai? Ele se assusta e já pergunta o que aconteceu. “Acho que minha bolsa estourou”. Desespero total. Ele diz que reparou no meu short molhado, mas achou que era xixi. Já quer ligar para todo mundo, obstetriz, médica, pai, mãe, papa. E eu rolando de rir, não conseguia conter a risada. Tentava acalmá-lo. “Calma, amor! Lembra do encontro com a Dra. Betina, só temos que ir ao hospital com contrações de 3 em 3 minutos. Elas mal começaram!”. Resolvo tomar um banho. Delícia! Não paro de rir. Começo a me depilar e ele surtando do meu lado. “Pára com isso! Não abaixa, não faz força, não agaixa!”. E eu só ria – e continuava o que estava fazendo. Ia depilar com 38 semanas, não queria parir parecendo uma macaca, né?

Saio do banho e decidimos ligar para a obstetriz. Ela me atende, está em um evento em Diadema – o que é ótimo, visto que moro em São Bernardo do Campo. Diz que me liga quando sair de lá, o que acontece por volta do meio-dia. Ela chega, ouve o coraçãozinho do Bento, que está ótimo, mede minha pressão. Não faz o toque, já que estou com bolsa rota, para evitar risco de infecção. Já sinto alguma contrações, nada muito dolorido, a cada 10 minutos mais ou menos. Ela vai embora e diz para que eu me movimente, ande, passeie, coma, faça o que quiser. Vamos mantendo contato.

Almoçamos e decidimos caminhar um pouco na área de lazer do prédio. Mal saímos e um vento gelado nos atinge. Esfriou demais, não vai dar não! Voltamos e encontramos uma moça com uma criança no elevador que diz: olha mamãe, tem um bebê na barriga dela! E eu no meio da contração digo: é, tem um bebê querendo nascer! Rs! Marido diz que minha bolsa estourou, chegamos no nosso andar e vamos embora. Foi engraçado ver a cara de espanto dela.

Deitamos no sofá e cochilamos um pouco. De repente acordo, as dores estão mais intensas. Está passando campeonato de rugby na tv e marido capotado. Não consigo mais dormir, a dor não deixa. Fico em dúvida se começo a cronometrar ou não, tenho medo de me apegar a isso e travar o TP. Baixo um app que conta as contrações. A Maíra, obstetriz, me liga e diz que a Dra. Cátia acha melhor eu fazer uma sessão de acupuntura para acelerar o trabalho de parto, uma vez que já são quase 6 horas, quase 12 de bolsa rota, estou só de 37 semanas e não fiz exame de strepto. Comento que as contrações já estão mais fortes e frequentes e, sendo assim, desistimos da ideia. Está engrenando naturalmente.

Começamos a cronometrar, estão por volta de 8 em 8 minutos ainda. Vamos esperar mais um pouco, quando perceber que estão mais próximas contamos novamente. E assim vai caminhando. Sinto as contrações ficarem cada vez mais fortes, mais próximas e mais longas. Vamos arrumar as malas enquanto isso, e os intervalos já estão por volta de 5 minutos ou menos, as contrações com mais de um minuto de duração. Peço para o marido ligar para a Maíra, seria bom ela vir aqui me avaliar. Ela diz que deve demorar por volta de uma hora, seria melhor nos encontrar aqui ou no hospital? Decidimos esperar em casa e continuamos cronometrando. A dor começa a ficar mais forte, intervalos variam de 4 a 3 minutos e começo a ficar tensa. O trajeto até o hospital é de quase uma hora sem trânsito. Tudo bem que é sábado, mas vai quê, né? Peço para o marido ligar para ela novamente e recombinamos – vamos nos encontrar no hospital.

Meu cunhado chega para buscar a Catarina, nossa filha canina, e saímos apressados, aquele clima de festa, de chegada – e de dor. Eu me contorcendo na porta do carro e eles insistindo em instalar o bebê conforto. “Deixa isso pra lá!”. Pronto. Entramos no carro e vamos.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

1 mês de Bento


1 mês!

Quarta-feira, dia 20/11, meu Bento fez 1 mês de vida. Posso dizer que este foi o mês mais incrível da minha vida. Que coisa louca é ser mãe - aliás, que coisa louca me dizer mãe - e não sou só eu que acho. Outro dia liguei na pediatra para marcar a consulta dele e marido ficou doido quando me ouviu dizer: é a mãe do Bento. Todo mundo se adaptando, assim é a vida de mãe.

 O que posso dizer destes 30 dias? Posso dizer que parece que duraram uma vida inteira. É tudo tão intenso, sinto que o tenho na minha vida desde sempre - e, sinceramente, não sei como vivi até hoje sem ele. Vivo em uma euforia constante e o sorriso me vem fácil quando, por um momento, me lembro que ele está aqui. Meu Bento, meu abençoado, o grande amor da minha vida.

 Quantas lágrimas já derramei desde a sua chegada? Nem sei e, sinceramente, nem quero saber. O que importa é que a grande, imensa maioria delas foi de amor. Não por amor, DE amor. De encher os olhos só de olhar para ele e amar, imensamente, intensamente. Amor de cada pedacinho do meu corpo por cada pedacinho do seu. Sinto que nasci para isso, ser mãe. Não posso dizer que tudo são flores, que é sempre fácil. Dividir o colo, ouvir conselhos, lidar com a culpa - ufa! Mas posso dizer, sem sombra de dúvidas, que é delicioso e muito, muito recompensador. Ver aqueles olhinhos brilhantes me olhando enquanto amamento, sentir aquelas mãozinhas tão pequenas, que ora seguram meu braço, ora acariciam minhas costas, é a melhor sensação do mundo. Descobrir o amor, de novo, e de novo, e de novo.

 A chegada dele na minha vida foi como sua gestação: tranquila, esperada, plena. E assim temos passado nossos dias. Com muitas dúvidas ainda, mas aprendendo sempre. Aprendendo a confiar em mim, nos meus instintos, nas minhas certezas, no meu leite. Aprendendo a confiar nele e na sua saúde. Aprendendo a aprender, juntos. Como sempre estaremos. :)

 Fatos marcantes deste primeiro mês:

 - Trocar a fralda era o pior momento para mim, desde o nascimento. O Bento foi acompanhado por uma pediatra humanizada no parto, então não foi aspirado quando nasceu. Não sei se por isso, mas ele nauseava muito nas trocas de fralda e engasgava. Meu Deus, que desespero! Fora o taaaanto que ele chora para trocar a fralda e os banhos de xixi que ele adora dar em quem estiver por perto. Agora ele está aprendendo e até fica quietinho em algumas trocas mas, no geral, detesta este momento.

 - O primeiro banho (de balde) foi dado pela pediatra na maternidade. No início ele odiou, chorava, berrava, esperneava e nada de acalmar. Morremos de rir com a pediatra, que dizia: isso mesmo, eu gosto de gente que reclama! Rs! Depois ele foi relaxando, relaxando e aprendeu a gostar. Mas que fique bem claro: ele só gosta do banho em si. O momento de tirar a roupa antes do banho e o colocar a roupa depois do banho ainda são regados a muito choro e protestos.

 - Agora temos alternado os banhos: alguns dias são na banheira, com o apoio para RN, outros são no balde. Mas ele curte muito mais o ofurô e agora já está até aprendendo a ser sapinho. Fica paradinho, concentrado, com a carinha mais linda do mundo e, de repente... pula! Já está fazendo a maior molhadeira no banheiro e me deixando bobinha de amor.

 - Não é só na troca de fraldas que ele gosta de fazer xixi - enquanto lavo a cabecinha dele, ainda fora do banho, ele também me brinda com seus xixis. Fora as (muitas) vezes que faz cocô dentro do banho (ou a vez que ele fez no chão do banheiro - e na minha camisola toda - logo depois que o tirei do balde) e nos obriga a dar banho de novo. Outro dia a água suja de cocô voou no olhinho dele e ficou vermelhinho :(

 - O umbigo caiu com 10 dias de vida.

- Nasceu sem cílios e sem sobrancelha. Os cílios nasceram logo e agora os olhinhos já estão cheios, mas as sobrancelhas ainda estão ralinhas.

 - Ele mama MUITO! Mas muito mesmo. Se está acordado, provavelmente estará mamando. Às vezes está mamando dormindo também. Rs! No começo, amamentar foi muito difícil e dolorido, meu seio sangrou e amamentei chorando muitas vezes. Mas nunca chegou a empedrar ou vazar (o que rendeu muitas dúvidas em relação à qualidade e quantidade do meu leite - especialmente dos palpiteiros de plantão). Mas agora está tudo correndo às mil maravilhas e isso se reflete no seu peso, vejam só a evolução do meu bezerrinho: 
Peso do nascimento: 2.725 kg, com 47,5 cm
Peso ao sair da maternidade: 2.620 kg
Peso com 11 dias (primeira consulta na pediatra): 2.840 kg (o esperado era que ele recuperasse o peso do nascimento em 15 dias e ele ultrapassou essa marca com 11!)
Peso com 1 mês e 1 dia (segunda consulta na pediatra): 3.650 kg, com 54 cm

 - Percebo que alguns dias são mais difíceis que outros, com mais choro, mais demanda de peito, e acho que se deve aos tais picos de crescimento. As temidas cólicas também já deram as caras por aqui, mas ainda não descobri o que as causa. Estamos desconfiando do suco de laranja e já parei de tomar - torçam para que seja isso!

 - Ele chora MUITO alto, principalmente quando fica muito nervoso, e fica todo vermelho. Às vezes ele até grita, literalmente, enquanto chora e dá umas tossidinhas. É a coisa mais fofa do mundo, mas muito desesperador também. Adoro cada barulhinho que ele faz, principalmente o final do chorinho, quando ele percebe que vou dar o peito, e faz um aham, aham. Aí pega o peito, mas logo larga, dá mais uma reclamadinha como quem diz "demorou, hein?" e só então começa a mamar.

 - Hoje já notei uma diferença no comportamento dele. Está mais alerta, apesar de sempre ter sido curioso, e começou a fazer mais barulhinhos além do choro. Também achou meu cabelo (ui!).

 - Ficou levemente amarelinho, mas não precisou tomar banho de luz. Levo ele para tomar sol na área de lazer do prédio e ele adora, se esparrama todo e dorme.

 - Sorri dormindo e às vezes se assusta no sono, abrindo os bracinhos de repente.

 - Tem a boquinha do papai e o queixinho da mamãe. O resto ainda não identificamos.

 - Tem os pezinhos mais gostosos e mordíveis do mundo!

Pezinhos do papai

Quanto à mamãe: com 15 dias já tinha perdido 7kg. Como eu terminei a gravidez só com 1kg a mais do que quando engravidei, estou no lucro! O tal do baby blues, que tanto me assombrava, não apareceu por aqui, graças a Deus! Acho que isso se deve, principalmente, ao sucesso da amamentação e o grande apoio e amor que recebi e ainda recebo do marido e da família.

 E para terminar: parabéns à Marina e Laura pela gravidez! Fiquei radiante com as notícias! E parabéns também à Naty Mary pela chegada da Elis e à Marayza pelo nascimento do Luiz Gustavo. Muita saúde para vocês!

 Logo volto com o relato do parto.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O dia nasceu feliz

Esse meu pequeno é mesmo especial. Estava só esperando o sinal verde da mamãe.

 

Sábado, apenas algumas horas após minha última postagem, ele resolveu que queria vir ao mundo. Minha bolsa rompeu pela manhã e, após 24 horas de trabalho de parto, meu Bento nasceu, dia 20/10 às 7h14, do alto de suas 37 semanas e 2 dias, em um parto normal maravilhoso e transformador. Chegou cheio de saúde e pesando 2.725kg.

 

Só o que posso dizer, por enquanto, é que estou apaixonada. E que é tudo que eu sempre sonhei e muito mais.

 

Quando puder, volto com mais notícias e o relato do parto.

 

Obrigada pela torcida e orações.

 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

37 semanas

Meu amor,

Hoje você completa 37 semanas e não é mais considerado prematuro. Pode nascer a qualquer momento. Meu Deus, quantas lembranças isto me traz. Boas e ruins. Quantas lágrimas já desceram dos meus olhos à sua espera, quanto vazio já ocupou meu ventre que hoje é preenchido por você. E agora você está aqui, mais perto do que nunca.

Confesso que já sinto uma certa nostalgia, uma saudade antecipada desta barriga que ainda é minha. Falta de ter você só para mim o tempo todo, de te saber tão intimamente ao mesmo tempo em que não te conheço ainda. Um medo de te dividir, de te trazer para este mundo tão grande assim, sozinho. Eu estarei ao seu lado, sempre. Mas você, logo, será você. E eu terei que aprender que, um dia, suas asas baterão.

Mas aí eu me lembro de tudo o que ainda não vivemos. De todas as lágrimas que eu ainda chorarei e dos muitos, incontáveis sorrisos que você me trará. Me recordo do seu rostinho que eu ainda não conheço e do bater tão rápido do meu coração ao te ver pela primeira vez. Penso no seu corpinho encostado no meu, do seu cheiro, do seu choro. Tanto, tudo, a minha vida toda no primeiro segundo da sua vida inteira.

E quanto mais virá? Suas primeiras palavras, seus primeiros passos. Mas isto tudo é muito óbvio. Quero mais, muito mais, todo o resto. Quero seu olhar brilhando, seu aprendizado a cada momento, seu crescimento que trará tanto ao meu. Quero a dor de tanto amor, que já arde aqui dentro.

Vem, meu amor. Vem, que estamos te esperando. Vem, que nossas lembranças, já tantas, estão apenas começando.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

1 mês

Ontem foi dia 08/10. Minha DPP é 08/11. OMG. Só isso que tenho a dizer.

Sou só eu ou o tempo passou rápido demais? E sou só eu ou parece que o tempo não tá passando? Tô piri-pipiri-pipiri-piri-pirando. Total. E finalmente entendendo a tal da Síndrome do Ninho. Uma vontade enorme de arrumar tudo logo, deixar tudo pronto e organizado pra chegada do meu príncipe. Tudo o que faltava, e que foi comprado pela internet, chegou. Poltrona de amamentação, carrinho, banheira. Mas o quartinho ainda não está pronto - falta basicamente só a decoração - e as roupinhas ainda não estão todas limpas e passadas.

Meninas, uma dica: não sejam doidas como eu e comecem a lavar as roupinhas com antecedência. Quis adiar esse momento por não achar legal as roupas ficarem lá na gaveta muito tempo, mas agora cá estou eu, de quase 36 semanas, me descabelando para conseguir lavar e passar tudo. Comecei pelas roupinhas que levarei para a maternidade. Afinal, vai que, né?

Pois é. Vai que. Eu sempre achei que ele fosse adiantar sua chegada. Portanto, me desesperei quando, na primeira consulta com minha obstetra, ela disse que estaria viajando de 15 a 30/10. Comentei dessa minha sensação com ela e a resposta foi: a maioria das gestantes acha isso. E a maioria dos bebês não adianta! Rs! Resolvi relaxar e esperar, ver no que dá. E minha percepção foi mudando, e começou a me dar medo é de passar muito da DPP. Mas nesses últimos dias... sei não. Hoje mesmo, que passei o dia inteiro em pé lavando roupinhas, tenho sentido umas contrações e tá batendo um medinho. Pelo menos minha médica ainda está aqui! Rs!

Fora essa minha agitação toda para organizar as coisas, tenho também sentido um cansaço e sono sem fim. Pois é, essa vida de grávida é mesmo meio maluca e contraditória. De vez em quando surge uma azia ou refluxo, ou uma falta de ar eventual, mas no geral não tenho outros sintomas. Nada de inchaço ou dificuldade para dormir, nada de travesseiros mil para ajudar a se acomodar na cama - só o meu velho companheiro de sempre na cabeça. Ah, mentira! Tem um sintoma sim: dor na virilha. Gentem, quê isso? De vez em quando me dá umas pontadas no músculo interno da coxa que mellll delllls! Mas aquela dor na pelve que tanto falam eu ainda não senti.

É engraçado que, na maior parte do tempo, eu poderia até esquecer que estou grávida - tirando o taaaanto que ele mexe, às vezes até dói! Tudo tão tranquilo, sem muitos incômodos, marido até se surpreende comigo. Mas eu fico toda me achando que tô ótima, quero fazer um pouco de tudo, e chega uma hora que o corpo começa a apitar. É até engraçado! Eu ando pra lá, ando pra cá, faço isso e aquilo e, de repente, parece que minhas pernas param de funcionar. Eu quero continuar, mas não consigo! Ô negócio esquisito.

Já estou também sentindo uma necessidade maior de reclusão, de me ligar só ao Bento e ao nosso momento. Talvez por isso ando meio sumida. Mas estou sempre nos cantinhos de vocês, mesmo que sem comentar. Tenho uns mil posts na cabeça e este não era nenhum deles. Planejei um super bonitinho, mas foi isso que saiu e preferi postar isso a continuar escondidinha. Espero aparecer com mais notícias antes da chegada do pequeno. Torçam por nós!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

BC - A escolha do carrinho do bebê

Taí um tema difícil na gestação. Gente, nunca achei que escolher um carrinho fosse me dar tanta dor de cabeça assim! Tô tão em dúvida que sugeri esse tema pra ver as escolhas de vocês e ver se tenho uma luz. :)

Achamos que seria fácil até começar nossa busca. Já ganhamos um bebê conforto que era do meu irmão, usado, mas está novinho, lavadinho, uma graça! Aí fomos em uma loja pra ver carrinhos. A maioria já vem com o bebê conforto, mas achamos ótimo ter mais de um - assim já podemos deixar no carro, montadinho e quando eu puder ter o meu carro próprio também vai ajudar bastante.

O problema é que, quando começamos a pesquisar, fomos nos enrolando. Começamos vendo um da Chicco super bonitinho, que encaixa o bebê conforto dentro do carrinho. Adoramos! É um pouco caro, mas era uma boa opção.

Só que aí a gente viu um outro modelo, em que o assento do carrinho sai e o bebê conforto encaixa direto na estrutura, o que deixa o volume bem menor. E aí começamos a pensar se esse negócio de colocar o bebê conforto dentro do assento não ia sujar o carrinho por dentro e já evoluímos pra procurar só desse estilo, em que a estrutura serve pra todos os acessórios. Inicialmente gostamos desse, da Peg Perégo, mas só o carrinho com o bebê conforto:



Aí, procurando na internet, achei o conjunto completo pelo mesmo preço do outro, que vinha sem o moisés. Me animei mais ainda! Como o Bento vai dormir conosco no começo, achei que o moisés seria bem aproveitado, apesar de não ser um acessório que eu compraria se tivesse que gastar à parte por ele. Mas é caaaaaro. Mesmo assim, estava bem mais barato do que nas lojas. Decidimos ir ver pessoalmente de novo, e aí... ferrou! Vimos um trio parecido com esse, mas da Chicco, e nos apaixonamos completamente! O tecido é uma delícia, super confortável, ele é super compacto e fácil de fechar, encaixa todos os acessórios direto na estrutura do jeito que a gente queria, mas... Custa uma fortuna! Olha só que lindo:
E aí estamos nessa dúvida cruel, ainda não compramos nada, e possivelmente vamos voltar pra primeira opção que é a mais barata. Rs! Ô dureza! Ainda bem que essa não é uma necessidade tão urgente assim (ou é?) e, mesmo que ele decida nascer, temos o bebê conforto para poder sair do hospital, pelo menos. Né? Me digam que sim e acalmem um coração aflito, por favor? Grata.

Ah. não indiquei ninguém ainda para o próximo tema, né? Então quem escolhe o tema semana que vem é a Carol, do Parasita.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tirando o atraso ou As BCs que pulei :)

Eu sei, eu sei. Ando feia e sumida. Já escrevi um pouco sobre isso no post anterior. Na verdade melhorei um pouco daquela fase melancólica em que me encontrava, mas ainda ando bastante preguiçosa. E ansiosa. Muito. Sexta passada completamos 30 semanas e isso me pegou de jeito. Está cada vez mais perto. Ô meu Deus, segura coração!

Esse é praticamento o único sintoma da minha gestação com 7 meses. Não sinto azia, só um refluxo ocasional. Não incho nada - mas acho que os muitos litros de água que tomo todo dia ajudam bastante. Não tenho muitas dores no corpo, só um incômodo na lombar de vez em quando dependendo da minha posição ou esforço físico. Mas a falta de ar ataca aqui com força. Assim, do nada. Às vezes fico ofegante só de conversar! Mas não é o tempo todo e logo passa.

Ontem fomos ver nosso pequerrucho depois de 8 semanas sem fazer ultra. Já estava com saudade de vê-lo, mesmo querendo evitar fazer esses exames sem necessidade - e voltamos mais apaixonados do que nunca. Como ele está gostoso, gente! Mais de um quilo e meio e 39 cm de comprimento, percentil 31. Já está cefálico e anterior, bem bonitinho esperando a hora de vir ao mundo de parto natural, como a mamãe tanto deseja!

Por falar em parto natural, começamos ontem os exercícios com o Epi-No e gentem! O trem dói, viu? Mas é por um ótimo motivo e com certeza vou me sentir mais tranquila e preparada para o parto assim. E assim seguimos na contagem regressiva para receber nosso Bento, que é a cara do papai.

Então vamos ao que interessa, que hoje o post vai ser longo.


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BC - A história da escolha do nome do bebê

Engraçado. Quando criança, eu sempre gostei só de nomes de menino, apesar de achar que eu teria 2 meninas. Meus preferidos eram Matheus, Gustavo e Thiago. O tempo passou, eu cresci, mudei meus conceitos e enjoei desses nomes. E passei a me apaixonar pelos nomes de menina.

E daí que quando eu engravidei, já tinha várias opções de nomes de menina, mas nenhuma de menino. Marido sempre disse que queria que nosso filhote se chamasse Pedro Lucas, mas eu particularmente não gosto (e sempre deixei isso claro, também). Quando confirmamos que nosso meninão vinha aí dificultou tudo. E agora? Eu pesquisava, pesquisava, a gente conversava e nada. Eu sabia que gostava de nomes não tão comuns, mas ao mesmo tempo clássicos. Difícil, né?

Até que eu resolvi olhar uma listinha de nomes antiga, que eu tinha feito quando estava grávida do meu primeiro anjinho. Estávamos eu, marido e minha irmã fofa, que nos acolheu quando ficamos sem teto, na sala da casa dela e comecei a ler as opções. Bento era o último nome da lista e, antes de pronunciá-lo, disse para eles: "ah, e esse nem sei porque está aqui... Bento". Pronto! Os dois se animaram, acharam lindo e aí parei para analisar com mais calma. E não é que eu gostava do nome também?

Ainda demoramos um tempinho para bater o martelo e assumir oficialmente que este seria o nome, apesar de sempre nos referirmos a ele como Bento. Ainda mais que as reações ao nome não foram lá essas coisas, como contei aqui. Mas hoje não consigo imaginá-lo com outro nome e morro de orgulho da nossa escolha!

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BC - Do que eu abri mão na gravidez

Assim, de bate pronto, acho que eu não abri mão de nada na minha gravidez. O que fiz foi fazer algumas substituições e adaptações que me fizeram muito bem - principalmente fisicamente.

Começo pelo nosso apartamento. Abrimos mão de um apartamento todo montadinho e bem localizado em São Paulo para outro ainda meio inacabado em São Bernardo do Campo - mas bem maior e com uma área de lazer que vai ser muito bem aproveitada pelo Bento!

Também abri mão de alguns hábitos alimentares. Todos péssimos, admito. Troquei o refrigerante pelo suco, os pratos prontos por comidinhas caseiras, o jejum pelo café da manhã reforçado, os deliveries pelas visitas ao mercado e à feira. Claro que ainda tomo refri, ainda como um fast food e umas besteirinhas, mas muito mais consciente e com uma frequência bem menor. Sempre penso que o que eu como vai para o Bento e a saúde dele depende da minha, então tento incluir de tudo um pouco na minha alimentação - frutas, legumes e tantas outras coisas saudáveis que eram tão raras na minha dieta.

Abri mão do barzinho nosso de cada fim de semana, regado a algumas cevejinhas, por muitas noites em casa com o marido. E não posso reclamar, não! Minha preguiça tem me levado a isso também... Rs!

Desde que perdi meu primeiro bebê, decidi que iria parar de trabalhar na próxima gestação, mesmo sabendo que uma coisa não interfere na outra. Mas o trauma foi tão grande que pensei que iria ficar mais tranquila sabendo que fiz tudo o que pude para segurar meu bebê. No meu segundo aborto eu já estava trabalhando em casa. Desta vez foi a mesma coisa. Não sei se posso dizer que abri mão do meu trabalho pela gravidez, mas eu optei por ficar em casa e fazer uns freelas, curtir minha gestação com calma e me dedicar só ao meu pequeno por um tempo. Confesso que essa escolha às vezes me assombra - não por sentir que estou abrindo mão da minha vida, mas por medo de que isso influencie na minha relação com o Bento e na admiração dele por mim. Bom, mas isso já é assunto para outro post.

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BC - Menino ou menina? Vocês mamães tiveram ou têm preferência pelo sexo do bebê?

Bom, eu já comentei no blog que sempre achei que teria duas meninas. Desde criança. Não sei se por ter crescido com uma irmã e depois ter ganhado mais duas, minha vida sempre foi cercada de cor de rosa. Não posso mentir e dizer que esse meu achismo não era ligado a um desejo - eu queria sim ter meninas - de preferência gêmeas.

Mas aí, quando eu tinha 20 anos, minha boa-drasta engravidou. Todo mundo naquela apreensão, querendo um menino pra dar uma mudada naquela casa cheia de calcinhas, mas já certos que vinha mais uma pra família buscapé. E não é que o bebê foi corajoso e veio todo meninão dar uma mudada na casa? E pronto. Ele é tão lindo e gostoso que mudou todo meu conceito e me deixou completamente rendida.

Nas minhas duas primeiras gravidezes, achei que teria meninos (e marido achava que eram meninas), mas nunca chegamos a confirmar o sexo. Desta vez, eu estava certa que era uma menina que vinha aí - e marido já afirmava que era um molequinho #intuiçãomaternalfail. Mas a partir do momento que vi aquele meninão lindo na tela, me apaixonei perdidamente e não consigo imaginar de jeito nenhum ter uma menina. Quero meu Bento e toda sua molequice, seus carrinhos, suas lutinhas, suas bermudas e camisetas suadas. Quero voltar a ser criança e ralar o joelho andando de bicicleta e skate, correndo atrás dele, me sujando de tinta. Quero ser uma mãe de menino!

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Dessa vez eu que escolho o tema (Dani, miiiil desculpas por não ter escrito semana passada. Vergonha, vergonha, vergonha!) para a BC da semana que vem. E é difícil, viu? Então vou aproveitar a ocasião para ler as opiniões de vocês sobre um tema que está me atormentando: "A escolha do carrinho do bebê - qual o escolhido e porquê". Tema bobinho mas de utilidade pública, minha gente!

Beijocas barrigudas




segunda-feira, 19 de agosto de 2013

De tudo um pouco

Sexta-feira completamos 28 semanas (sim, acreditem - eu também tenho dificuldade de acreditar nisso ainda!) e, de acordo com meus aplicativos, entramos no terceiro, e último, trimestre de gestação. Só mesmo uma época tão maluca quanto a gravidez para distorcer uma ciência tão exata quanto a matemática. Acompanhem comigo: 1 trimestre equivale a 3 meses, correto? Ou seja, eu deveria entrar no terceiro trimestre quando completasse 6 meses de gravidez, faltando, portanto, 3 para o nascimento. Então teríamos as seguintes alternativas:

1) Se considerarmos que cada mês tem 4 semanas (o que sabemos que é errado), eu completaria 6 meses com 24 semanas, no dia 19 de Julho. Ok, não é o caso.

2) Se considerarmos que completo mês a cada "mesversário" da DUM (que foi em 01/02/2013) - e que é a conta que eu utilizo - eu completaria 6 meses no dia 01 de Agosto. Essa é a data que eu considero.

3) Se considerarmos que completo mês a cada "mesversário" reverso da DPP (a minha é 08/11/2013) - que é a data mais distante possível a ser considerada - eu completaria 6 meses no dia 08 de Agosto. Poderia ser uma alternativa também.

Agora, o que não faz o menor sentido é eu entrar no terceiro trimestre no dia 16 de Agosto, minha gente! Quem, quem inventou essas contas malucas, me diz? Pela minha contagem, nesse dia eu já estava de 6 meses e meio, como pode ainda faltar 3 meses para ele nascer? Ok, falta se ele nascer de 42 semanas, mas eles fazem essas contas baseados em uma gestação de 40 semanas, não? É pra gente ficar maluca, mesmo.

Bom, o que importa é que entramos na reta final. Mais uma vez, me pego na contagem regressiva pelas 12 semanas, cheia de expectativas e ansiedades também, mas completamente diferentes daquelas primeiras. Andei muito introspectiva nessas últimas duas semanas, e daí o meu sumiço. Revendo conceitos, chorando bastante, pensando no meu filhote e no que está por vir. Parece que estou em uma fase de TPM constante, uma autoavaliação forçada e necessária para me preparar para a chegada da pessoa mais importante da minha vida.

Ando às voltas também com alguns pensamentos sobre chá e quartinho, mas isso nem se compara à minha preparação emocional e psicológica. Se fazem parte, entram também em uma esfera de relativização, de prioridades. Gente, quem disse que era fácil ter um filho? Porque não é.

Mas não deixa de ser a experiência mais emocionante, apaixonante e deliciosa da minha vida. Meu filho já me ensinou muito mais do que pensei que aprenderia antes mesmo de nascer. Me lembro das palavras da Marina, de chorar com sua dor - que, como falei para ela, conheço, mas não conheço, porque é só dela - e de constatar toda a sua sabedoria. A gravidez realmente é uma época transformadora nas nossas vidas, e nem sempre só de sorrisos. Mas assim também aprendemos e crescemos.

E aí entro em um dos temas da Blogagem Coletiva que perdi. O que espero da maternidade? Nossa, se for me basear em tudo que já mudei na gestação, digo que qualquer coisa pode acontecer. Sinto que nasci para isso, agora. Espero ser cada dia melhor, saber reconhecer minhas fraquezas, aprender com meus erros. Espero entender meus limites sem sofrer com eles. Espero que o Bento tenha orgulho de mim. E espero que meu filho seja feliz! Isso me bastará.

Ninguém me contou que eu viraria outra pessoa com a gravidez, como perguntou a outra BC. Ninguém me contou que o banho viraria minha hora preferida do dia - quando canto para o meu filho, reflito, choro, me conecto com o Bento. Me contaram que essa seria uma época transformadora. Mas não tanto assim. E foi a melhor surpresa que eu poderia querer.

A casinha do Bento segue crescendo com tudo. Às vezes me assusto com seu tamanho e me pergunto: de onde surgiu essa barriga em mim de repente? Porque é essa a impressão que dá, que cresceu de um dia para o outro. E isso já tinham me contado, mas eu não acreditei. Olha só o barrigão com 27 semanas e 6 dias:

Barrigão


Eu emagreci bastante no começo da gravidez por conta dos enjoos, não tenho certeza se 5 ou 6 quilos, e até a última consulta do pré natal eu ainda estava 3 quilos abaixo do peso de antes de engravidar. Amanhã vou lá novamente e tenho quase certeza de que terei finalmente "empatado" com o meu peso original. Acho que está bom para 6 meses e meio, mas engordar 3 quilos em um mês foi a festa da uva, né não? Hahaha! Mas não me importo, só quero que meu pequeno esteja crescendo forte, saudável e feliz, como sempre digo a ele.

Nesse sentido, acho que tudo está correndo bem. Ele tem mexido bastante, o dia todo. E forte! Uma delícia!E fica bravo quando demoro a comer, viu? Tento comer sempre em intervalos de 3 horas no máximo e ele não tem muita paciência para esperar mais do que isso - logo começa a me chutar exigindo comida. Rs! Espero que ele seja bom de garfo - ou melhor, de peito! - assim depois de nascer.

Esse tema da amamentação, inclusive, tem sido uma das razões da minha aflição ultimamente. Um medo de não conseguir amamentar, de não saber como fazer. Aliás, medo de não saber fazer nada! Fora os sonhos recorrentes sobre o parto. Com vocês também é assim?

Ufa! A pessoa some e depois quer contar a vida em um só post. Desculpa aí, viu, pessoal? Era só saudade! :)

quarta-feira, 31 de julho de 2013

BC - Os preparativos para o quartinho

Oi queridas!

O tema da blogagem coletiva dessa semana é bem legal e vamos falar de um tema que ainda não abordei por aqui: os preparativos para o quartinho do Bento.

Bom, por enquanto o quartinho dele está... um caos! Como algumas de vocês sabem, mudamos de apartamento há pouco tempo e não conseguimos colocar armário em todos os cômodos ainda, então toooodas as caixas que ainda não foram esvaziadas se encontram no quarto dele. De quantas semanas estou mesmo? 25! Ah tá, nada de pressa... #sóquenão

Mas vamos lá. Pelo menos o bercinho e a cômoda nós já compramos e decidimos as cores e o tema que vamos utilizar. Nós gostamos bastante do estilo mais bebê mesmo pro quartinho, sabe? Poxa, esperamos tanto por esse momento, foi tão difícil, que a gente quer curtir bastante ter um babyzinho em casa - e se tivermos que mudar tudo daqui uns 5 anos (o que provavelmente acontecerá de qualquer jeito), a gente muda!

O tema será... O Pequeno Príncipe! Mas calma, não será nada cheio de coroas e afins. A referência é ao livro, e nada sugerindo que o príncipe é o Bento (apesar de que ele será, sim, para mim! Rs!). Também não gosto muito de quartos muito cheios de desenhos, então terá só alguns poucos elementos da história. Colocaremos um adesivo na parede e só. Talvez alguma frase do livro bordada em uma almofada. Fora isso, pensei em colocar alguns dos personagens do livro como parte de decoração, tipo uma raposa ou ovelha de pelúcia, mas uma coisa bem lúdica mesmo. Nada muito direto e óbvio. O adesivo que pretendo colocar é parecido com este, ó:

Adesivo da parede

Mas faremos algumas alteraçõezinhas nele. Quando estiver pronto eu mostro pra vocês!

Bom, decidido o tema, passamos para as cores. Eu tinha um problema muito sério. Como fizemos as coisas no apê antes de saber o sexo do bebê gergelim, colocamos as pastilhas do banheiro do bebê em verdinho, afinal, é unisex e tal. Mas eu não queria um quarto verde e fiquei quebrando a cabeça por aqui! Mas aí marido me convenceu que não tem nada a ver e que eu podia fazer o quarto na cor que eu quisesse. Então eu aceitei, né? Eu e marido amamos a combinação de azul com bege e branco. Então essa foi a paleta de cores escolhidas. Tudo bem suave e pastel, bem quarto de bebê mesmo.

Fomos dar uma olhada em papel de parede nesse final de semana e quase caímos para trás com o preço e achamos um que gostamos bastante! Como o precinho não é lá muito camarada, estamos pensando em pintar a parte superior da parede de azul (que ainda não definimos a tinta) e colocar o papel só na metade de baixo, divididos por aquelas moldurinhas brancas. Olhem só que lindo:

Papel de parede

O kit berço vai seguir as mesmas cores, obviamente. Peguei esse aqui como inspiração:

Kit berço
Eu só não achei que seria tão difícil encontrar um tecido xadrez de azul com bege! Então comprei o que mais se aproximou. Estes são os tecidos escolhidos:

Tecidos

Na verdade, para o kit berço, mesmo, não utilizaremos o xadrez mais acinzentado e nem o listrado. Comprei esses antes de achar os outros, talvez eu nem os utilize no quarto, ou use o listrado somente para encapar o kit higiene - ainda não sei.

Aaaaah, já ia esquecendo dos móveis, né? Nós compramos o berço e a cômoda, mas eles ainda não chegaram. Então vou colocar as fotos que tirei na loja, mesmo:

Cômoda

Berço

Estava difícil achar um berço mais quadradinho, do jeito que eu queria. E eu adorei esse, que faz conjunto com essa cômoda com as cestinhas, que eu já tinha visto em outro lugar e ameeeei! As cestinhas são soltas e as prateleiras nas quais elas ficam são móveis, funcionando como sapateiras. Achei bem legal e útil por bastante tempo. Por enquanto, posso utilizá-las para colocar itens de higiene, mas depois posso guardar livros e brinquedos para ficarem de fácil acesso para o Bento. Também posso encapá-las mais para frente com outro tecido para ficarem com mais cara de "moleque".

Fora isto, ainda pretendo colocar uma poltrona, que ainda não escolhi nem comprei (e estou morreeeendo aqui porque amei uma que custa mais de 2 mil reais! Tá doido, menino? Não dá, não! Hahaha!) e uma mesinha de apoio. Vi uma, tipo um criado mudo pequeno, numa loja de mdf com um preço ótimo e estou super tentada a comprar e pintar em casa, mesmo. Veremos! Depois só vai faltar os itens de decoração, como o abajur, kit higiene, lustre, nichos e enfeites em geral.

Agora meu dilema. Aqui as coisas estão bem apertadas financeiramente, por assim dizer. Mudamos há pouco tempo e gastamos um dinheirão para colocar piso, pintar, pôr gesso e etc. no apartamento. Aí que o quarto do Bento e o escritório estão sem armários, o que significa mil caixas cheias de coisas mas sem lugar para guardar. Então estamos pensando em algumas alternativas por aqui. O ideal seria colocar armário embutido nos dois quartos, mas esta solução está meio difícil no momento. Então pensamos em comprar um armário baratinho para deixar no outro quarto por enquanto (até porque não tem onde guardar as coisas e precisamos esvaziar o quartinho do Bento) e utilizar somente a cômoda para colocar as roupinhas dele por enquanto. A ideia é ficar nessa situação só por algum tempo, no máximo até ele ter uns 3 meses, e aí sim instalar o armário embutido no quarto dele também. A cômoda é bem grande e acho que cabe tudo. O que vocês acham? Heeeellllp!

Bom, por enquanto é isso, meninas! O que vocês acharam? Bonito? Monótono? Gostaram ou não? Deixem sua opinião e façam uma mamãe feliz! Rs!

Bjs

quarta-feira, 24 de julho de 2013

BC - Como os papais estão participando da gestação

Mais um dia de blogagem coletiva, eba! Desta vez eu que propus o tema e sugeri que os próprios papais dividissem um pouquinho da sua experiência na gestação. Com a palavra, meu excelentíssimo (e amadíssimo) marido:

"Olá, sou pai do bebê gergelim e fiquei muito contente em poder dividir com vocês um pouco da felicidade que estou sentindo.
Bento é nosso primeiro filho e está sendo tão esperado, mas tão esperado, que às vezes parece mentira que estamos realizando nosso sonho. Deus está me dando uma grande oportunidade, por isso, tento ser o melhor marido/pai do mundo!
Antes de falar da minha participação na gestação do Bento, quero destacar a linda mulher e guerreira maravilhosa que a Loroca está sendo.  Todos os dias me emociono só de ver e sentir o amor e carinho com que a Loroca  trata o Bento, eu e a Catarina (cachorrinha).
Sempre sonhei em ser pai, mas nunca imaginei que seria tão difícil. Após 2 abortos nos unimos mais e procuramos nos apoiar nos obstáculos da vida para nos fortalecer, então que em fevereiro agora recebi a grande noticia, se não a mais importante da minha vida, vou ser pai. Perdi o chão, não consegui conter as lágrimas e só pensava que desta vez Deus não iria nos deixar sofrer. Hoje estamos com 24 semanas e 5 dias e cada dia desta gestação tem sido especial, tenho aprendido muito e descoberto um mundo maravilhoso que espero curtir muito com a Loroca e o Bento.
Mas vamos lá, procuro estar sempre presente e auxiliar no que for possível. Este sonho é nosso e procuro curtir cada segundo desta gestação, seja em nosso momento antes de dormir, nas consultas com o médico ou nos ultrassons. Sei que o que eu fizer para a Loroca e para o Bento será pouco, mas vou sempre procurar melhorar e proporcionar para minha amada família momentos especiais e retribuir esta fase mágica que estão me proporcionando.
Neste momento de tanta felicidade, acho que minha participação é mínima, mas sempre com muita compreensão e amor, amor pela minha linda esposa e pelo nosso tão sonhado filho.
Esta criança sem saber mudou nossas vidas e está sendo muito aguardada. Vou dividir com vocês que às vezes tenho medo e me pego pensando em tudo que posso fazer e o que tenho que melhorar continuamente para que possa contribuir de forma efetiva na vida das pessoas mais importantes da minha vida.
Quero agradecer a minha esposa e a vocês que compartilham com minha amada estas experiências da gestação.
Espero que todos os pais tenham e estejam sentindo o mesmo orgulho e amor que estou sentindo neste momento mágico."

Diz se não é pra chorar? A mamãe boba aqui se emocionou, óbvio! Amor, tenho um orgulho danado do marido e pai que você é. Obrigada por estar sempre tão presente em nossas vidas e nos dar tanto amor, carinho e apoio. Te amamos demais!
Eu tinha indicado a Jacky para sugerir o próximo tema, mas não sei se ela poderá escrever devido ao repouso. Mas o que importa é que ela e o Anthony estão bem e ele continua quentinho e protegido lá na casinha dele! Querida, se você não puder escrever na semana que vem, me avisa e indicamos outra pessoa, tá?
Beijos!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

BC - O que a gravidez já mudou na minha vida

Gente, PARA TUDOOOO! Antes de qualquer coisa eu preciso comemorar aqui a gravidez da Ju! Muuuuuuito feliz pela chegada da sementinha de melancia! Eu acompanho a Ju desde o começo das tentativas e me identifiquei com o jeito dela escrever imediatamente. Ela é tão fofa, tão carinhosa, sempre preocupada comigo e com o bebê gergelim e que nos faz rolar de rir com os posts bem humorados dela. Eu torcia taaanto por esse momento e agora ele chegou! PARABÉNS, JUUUUU! Muuuita saúde para vocês, comadre querida! Agora quero ver você na blogagem coletiva também!

Agora vamos ao tema da semana da blogagem coletiva. O que a gravidez já mudou na minha vida? Nossa, é tanta coisa que é até difícil dizer. Até porque ela começou a mudar minha vida antes mesmo de acontecer.

Já começa com a minha mudança física, de espaço, mesmo. Mudamos de apartamento este ano já pensando em um lugar maior para aumentar a família. Uma das coisas que nos motivou a comprá-lo, além do tamanho, foi a área de lazer do condomínio. Já consigo ver meu Bento correndo por aqui, voltando todo molhado da piscina ou de suor.

Com isso, já consigo ver outra mudança: as prioridades. Não consigo lembrar da última vez em que comprei  alguma coisa para mim depois que engravidei. E não é nem somente que eu tenha passado a querer comprar tudo para ele, não! É que eu mudei, mesmo. O crescimento dele aqui, junto com o meu amor, já me saciam, me alegram, me completam. Preciso de mais alguma coisa? Na verdade, eu até preciso, visto que o bebê não pode andar peladinho por aí, né? Hahaha! Mas me sinto calma, plena, feliz. Nem para ele compramos muita coisa, aliás, não compramos quase nada. Mas ele é o meu maior presente, o que eu mais queria, e já consegui.

Eu já disse aqui também do quanto minha visão do mundo mudou. O Bento já me faz outra pessoa. Sou mais consciente, mais ponderada, mais sincera, mais honesta comigo e com meus sentimentos. Sou mais guerreira, menos conformada, mais leoa. Sou mãe.

E o mais gostoso: meu corpo. A barriga crescendo com o desenvolvimento do meu pequeno. As sensações que este bebê, que já pesa mais de meio quilo e mede mais de 27cm, desencadeia a cada chute, a cada mexida. A sensibilidade que só um amor sem medida deste pode causar em alguém, como as lágrimas que surgem ao encontrar uma médica para trazê-lo ao mundo com amor e respeito. Pode isso? Pode. Porque minha vida mudou tanto, que ela nem é mais minha. Ela é dele. Todinha. Eu agora vivo Bento, para sempre.

Hoje sou eu que devo sugerir um tema e escolher uma blogueira para fazê-lo na semana que vem. O próximo tema será "Como os papais estão participando da gestação?". Para dar um toque diferente, até sugiro que os próprios escrevam o post da semana que vem - se quiserem, claro! O meu já topou! O que vocês acham? Indico a Jacky para sugerir o próximo tema.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

BC - Suspeita e descoberta da minha gravidez

Primeiramente, mil desculpas pelo atraso em postar a Blogagem Coletiva. Além de eu ainda estar sem internet (torcendo loucamente para esse problema ser resolvido na semana que vem!) e depender do computador do marido - que tem que trabalhar, né pessoal? - eu ainda peguei uns resultados de exames de sangue hoje que me deixaram meio tristonha. Sabe sentimento de pior mãe do mundo? Medo de que meu amado Bento esteja sofrendo por displicência minha? Então, esse. Mas depois conto direitinho. Mas vamos lá que o que importa é a intenção e estou só alguns minutos atrasada, né mesmo? Fevereiro foi um mês lindo da minha vida. Desde o comecinho. Eu estava com aquele sentimento gostoso de que aquele era meu mês, o ciclo em que meu gergelim chegaria. Além de tudo, estávamos em meio a compra do apartamento novo, toda aquela expectativa que consegue nos distrair um pouquinho. Mas a gente nunca se distrai totalmente, né? E eis que, bem nesse mês, resolvi medir minha temperatura basal todos os dias - o que não significaria lá muita coisa, já que eu ainda não tinha uma base de comparação. Mas nem precisava, afinal. Eu sabia, eu sempre soube. Juro. Para vocês terem ideia, marquei no calendário, como sempre fazia, a data em que tive relação com o marido (no PF) e já fiz a anotação no mesmo dia: possível concepção. Era dia 17 de fevereiro. Aí já começou minha contagem regressiva. A cada manhã, quando eu pegava o termômetro para medir minha TB, o coração acelerava: tomara que não tenha caído, tomara, tomara! Que nada! Lá estava ela, alta, lindona, trazendo confirmação para a certeza que eu já trazia no meu coração. E dá-lhe pesquisar sintomas e tentar definir o dia que eu poderia fazer meu teste sem medo de um falso negativo. Só o Fertility Friend que não concordava comigo, como eu contei aqui e dizia que eu tinha ovulado no dia 23. Mas quer saber? Quem precisa de FF quando se tem tanto amor em um coração de mãe? E foi assim que eu resolvi fazer um teste no dia 28 de fevereiro, 11 dias depois da ovulação. Marido dizia que ainda era cedo, eu tinha medo de um falso negativo e mais ainda de um negativo verdadeiro, mas me joguei. Acordei cedo e aquele meu xixi despretensioso de cada dia se transformou na maior alegria da minha vida. Aquela segunda listrinha, tão fraquinha, que já revelava todo o amor, forte, intenso e maravilhoso. Foi ali que nosso bebê gergelim mostrou que chegou para arrebatar nossos corações para sempre. E semana que vem sou eu que escolho o tema. Eba! OBS.: Desculpem por ter saído esse bloco único horroroso de texto. Não sei porquê está dando este erro e não estou conseguindo consertar!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Blogagem coletiva - Qual a melhor coisa da minha gravidez até agora

Hoje é o primeiro dia da blogagem coletiva. Delicia! Achei essa idéia incrível.  Para mim, o blog serve mesmo para me ajudar a encontrar minha voz durante a gestação enquanto a compartilho com vocês, meninas queridas que estão passando pelo mesmo momento mágico que eu. E nada melhor do que conhecer as diversas visões sobre o mesmo tema para alcançar isso.

Agora vamos ao que interessa. A minha gravidez, como a maioria já sabe, foi muito esperada. Tendo passado por 2 abortos, o medo e a ansiedade me acompanham desde antes do meu bebê gergelim (que agora é o Bento! ;)) chegar. Então é difícil elencar uma única coisa como a melhor da gravidez até o momento. Assim, de olhos fechados, diria que é a espera do meu filho e minha transformação em mãe.

E essa minha espera engloba todas as descobertas e momentos deliciosos que vêm com a gestação. Tudo começa por aquele instante mágico em que um palitinho com xixi desenha duas listrinhas cor de rosa. Como pode aquele pedaço de plástico mudar tanto nossa vida toda? Cada certeza, cada hábito, todo o amor. Agora sou mãe e meu mundo gira diferente. A barriguinha crescendo e as mudanças no corpo são, pela primeira vez, mais do que bem vindas - são ansiadas! O som de um coraçãozinho batendo se torna a música mais bonita que já ouvimos na vida. Imagens em preto e branco em uma telinha, antes tão irreconhecíveis, agora mostram um pedacinho de gente com tanta perfeição que até conseguimos ver se parece com o papai ou com a mamãe.

Aquelas velhas certezas se transformam em duvidas. São tantas, tantas duvidas! Parto, amamentação, criação, educação, valores... E aquela única duvida se transforma na certeza mais absoluta: sim, é possível amar mais do que eu sabia possível. A cada pensamento, a cada mexida, a cada segundo.

Ah, as mexidas! A confirmação de que ali está meu grande amor! A constatação desse milagre da maternidade, a formação de uma pessoa a partir do amor de outras duas. E agora somos três.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Quantas novidades cabem em um mês?

Depois de quase um mês (repleto de novidades, diga-se de passagem) sem dar as caras, finalmente apareço por aqui. Vergonha define. Posso jogar grande parte da culpa no fato de eu - AINDA! - estar ser internet, mas outra parte é minha enorme preguiça. Gente, achei que isso só fazia parte do primeiro trimestre! Mas não, nessa pessoa que nasceu com o gene da dormilância creio que o sono descomunal será meu companheiro até o dia em que bebê gergelim resolver me acordar nas madrugadas.

Mas chega de lenga lenga e vamos às novidades, minha gente!

Mexidinhas na barriga

Eu já achava que o sentia mexer há um tempo, mas pessoa "ver para crer" que sou, sempre ficava na dúvida. Até o dia 08/06. Fomos em uma quermesse e eu doidja pra comer tudo que via pela frente, mas acabava na dúvida. Resolvi me deliciar com um churrasco no pão logo antes de ir embora e... meninas! Essee bebê se deliciou junto! Chegamos em casa e a festa foi tanta, ele saracoteou de uma tal maneira, que até marido conseguiu sentir!

Pra provar que é serelepe mesmo, resolveu até aprontar conosco. Colocamos o tal doppler (Naty, desculpe a imensa demora em responder - comprei esse aparelhinho na internet, mesmo! Procura como doppler fetal no Mercado Livre que aparece um monte. Se quiser, eu te passo o email da pessoa que eu comprei) e começamos a ouvir os batimentos do lado esquerdo da barriga. Logo em seguida, sinto um movimento para o lado direito e comento com marido: acho que ele fugiu! Rs! E imediatamente o aparelho fica mudo, até o posicionarmos do lado direito. Ele tava brincando de esconde-esconde, gente! Coisa mais linda desse mundo! #mãebabona

As mexidas têm se tornado cada vez mais frequentes e fortes, mas na maioria das vezes ele é tímido e para assim que alguém coloca a mão, o que tem deixado marido tristonho. Mas logo ele perde a vergonha!

Descoberta do sexo

E eis que, com 18 semanas e 3 dias (no dia 10 de junho, meu aniversário! Presentão!) fizemos a tão esperada ultra morfológica que nos diria, finalmente, se bebê gergelim é um menino ou uma menina. Pedimos tanto, mas taaaanto para ele nos mostrar o sexo que ele só quis mostrar isso! Rs! Estava com as pernas e os braços na frente do rosto (malabarista esse baby!), mas as partes íntimas estavam lá, à mostra, e logo soubemos: nosso meninão está vindo aí! Desta vez não vai ter fotinho 3D bonita para colocar aqui, já que a posição dele não ajudou muito, mas como a médica pediu para repetir a ultra com 22 semanas, estou esperançosa que na próxima a gente consiga mais detalhes.

Escolha do nome

Na verdade, como eu já havia dito no post anterior, o nome já estava praticamente decidido. Desde que tivemos o palpite de que seria um menino na TN com 12 semanas, marido já o chamava pelo nome (e eu já brigava com ele, afinal, e se fosse uma menina?).

Confesso que o nome não fez muito sucesso com a família (nem com os amigos, nem com a maioria dos desconhecidos), mas e daí, néam? O que importa é que nós gostamos - e a Ju também, que eu sei! Rs! Sempre brinco que, quando perguntam o nome, eu já me preparo psicologicamente para a reação, que normalmemte é: nossa, que diferente... seguida por uma cara de alface.

Já me disseram que quem escolhe o nome é o bebê e, preocupada que ele pudesse não apreciar a nossa escolha, combinei com ele: filho, se você não gostar do seu nome, me avisa que a gente troca, tá? Todo mundo ri de mim quando eu conto isso (gente, não pode rir de grávida que nós estamos sensíveis! Hahaha!), mas logo tive a confirmação de que tínhamos acertado.

Certa noite, sonhei que ele começava a chutar tanto, mas tanto, que eu conseguia vê-lo se mexer e identificar sua mãozinha pressionando minha barriga. Até chamei marido para ver, mas ele não olhava. Até que o bebê começou a fazer muita força para levantar e ficava nítido todo o seu corpinho contra a minha pele. De repente, ele sai da barriga (?) como um bebê de uns 2 anos (??), mas que ainda estava preso a mim de alguma forma, acho que pelo cordão umbilical (???). Lindo, de cabelos castanhos claros e olhos cor de mel como o papai. E pergunto para ele: filho, você gostou do seu nome? E ele responde: gostei! Hahahaha! Tento fazê-lo mamar, um pouco desajeitada, já que ele estava preso pelo cordão, mas não sai leite. Aí digo para ele não se preocupar que, quando ele nascer, eu vou ter bastante leite para alimentá-lo. E ele volta para a barriga.

Tá, eu sei que grávida tem uns sonhos loucos, mas para mim foi confirmação suficiente de que ele está feliz com o nome que escolhemos para ele e que, portanto, posso anunciá-lo ao mundo! Nosso pequeno bebê gergelim irá se chamar Bento!

20 semanas

Sexta-feira completamos 20 semanas de gestação! Uhuuu! Confesso que até eu me espanto com essa constatação, já chegamos à metade do caminho e tem dias em que eu ainda me pergunto se é verdade mesmo que estou grávida.

Cada dia é uma vitória, e ultimamente tem sido mesmo. Hoje estou aqui escrevendo bem animadinha, mas confesso que não tem sido assim. Tenho me sentido muito irritadiça, mas muito mesmo, nível TPM master. E emotiva também. Teve dias em que chorei até dormir, comentando com marido que estava sentindo que o Bento estava triste (?). Fico preocupada, mesmo já tendo passado a fase mais crítica.

Queria conseguir só curtir a gravidez, sem muitas neuras. Sei que meu histórico atrapalha um pouco nesse sentido, tento me manter tranquila, mas talvez eu só consiga essa sensação de calma no segundinho. Ou nunca, vai saber? Mas estou trabalhando para melhorar e me concentrar só nas coisas boas.

Bom, ainda teria mais coisas para contar, como minha consulta com o médico humanizado, mas esse post já está loooooongo por demais e vai ficar para a próxima. Não me deixem sumir por tanto tempo? Obrigada Jacky e Ju pelo carinho e preocupação de sempre!

Beijos